Independentemente da época do ano, preocupar-se em otimizar o controle tributário de uma empresa é essencial. Conforme o fim do ano se aproxima, porém, torna-se indispensável analisar atentamente o quadro fiscal de um negócio.
Saber exatamente quais foram os pontos altos e baixos no faturamento anual é mais que importante para traçar novos rumos para o empreendimento, em todas as suas áreas, inclusive a tributária. É com base nessa análise que se poderá estimar como será o desempenho da empresa no próximo ano, identificando, assim, se é hora de trocar de regime de tributação, ou não.
E, por mais que muitos ainda negligenciem essa escolha, ela tem caráter vital para qualquer negócio. Um planejamento tributário assertivo pode prevenir prejuízos provenientes de pagamentos fiscais indevidos, sejam eles em valores maiores ou menores.
1. Fique atento aos prazos
Não se pode mudar de regime tributário a qualquer momento; trata-se de uma decisão que pode ser tomada apenas uma vez a cada ano. Por isso que é tão importante calcular todos os aspectos dessa escolha.
Anualmente, a Receita Federal divulga os prazos para que isso aconteça, mas, geralmente, os empresários têm até o último dia do mês de janeiro para indicarem a alteração ao Fisco. Uma vez realizada a troca, você terá que realizar sua tributação através do regime escolhido durante todo o ano-calendário vigente. Isso implica em ter que lidar com todas as consequências dessa decisão, sejam elas positivas ou não.
Também vale lembrar que, para as empresas que começarem as suas atividades em outros períodos do ano, o prazo para escolher o regime tributário costuma ser de até 30 dias após a criação do CNPJ. Portanto, procure antecipar essa decisão, estudando e pesquisando sobre qual o regime de tributação poderá melhor beneficiar a sua empresa antes mesmo de obter o Cadastro de Pessoa Jurídica.
2. Faça uma análise completa
Para realizar o seu planejamento tributário para 2020, será indispensável analisar como foi o desempenho da sua empresa ao longo do ano de 2019.
Quanto se faturou? Quanto foi gasto? Quais eram os tipos de despesas? Qual foi a margem de lucro?
Responder a essas perguntas é o primeiro passo; a partir de cada resposta, será mais fácil enxergar as perspectivas para o ano seguinte, traçando com mais clareza tanto estratégias e metas para o negócio, no todo, quanto averiguando se está na hora de trocar a forma de declarar os seus tributos.
3. Informe-se sobre os regimes tributários
Atualmente, no Brasil, existem quatro regimes de tributação principais: MEI, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada um deles possui diferenças legais entre si, bem como oferecem diversas vantagens para os mais variados tipos de empreendimentos. Conhecer a fundo estas diferenças é imprescindível.
É pesando as vantagens e as desvantagens de cada um desses regimes, e comparando-as entre si, que se poderá escolher com mais segurança. Trata-se de uma decisão muito séria e que pode comprometer o crescimento da sua empresa. Informar-se sobre cada possível consequência é fundamental.
4. Busque auxílio
Não tenha receio em buscar apoio. Planejamentos tributários são complexos e demandam muito conhecimento técnico, além de dedicação, atenção e cautela. Quer seja o seu contador de confiança, quer seja uma assistência contábil especializada, ter uma fonte de auxílio sólida e competente vai lhe garantir muito mais tranquilidade e segurança durante esse momento de transição.
Mas lembre-se de se certificar quanto à devida qualificação do profissional escolhido. Realizar o planejamento tributário para 2020 é uma missão delicada, devendo ser conferida apenas àqueles que detiverem todo o conhecimento e preparo necessários para executá-la da melhor forma. Assim, você evita transtornos e prejuízos.
E então, gostou das nossas dicas? Espero que elas lhe sejam úteis nesse momento tão importante.
