Guarde no cérebro o que é bom e descarte o resto!
Eu aprendi desde os idos da minha infância precoce ( Virei criança – adulta, muito cedo!), à enganar os meus pensamentos! Na verdade, busco guardar no meu cérebro – o que realmente é necessário. Parece difícil, e complexo, mas, para mim não foi. Desde pequeno, quando algo me chateava -eu tinha por hábito desabafar conversando com folhas e pedras ( Sozinho), e aquilo me gerava alívio ( Foram elas – as pedras e folhas – os meus primeiros terapeutas). Depois, quando aprendi a ler – também precocemente, comecei a fugir para as palavras. Bastava alguém me irritar – já que era bem gordinho, e eu ia correndo para a biblioteca viajar nas palavras que mal conhecia, e quando não as entendia, pegava o famoso dicionário Aurélio. E foi assim que fui desenvolvendo a capacidade de escapar das lamúrias da vida e dos aborrecimentos que os outros me causavam…Correndo para os livros. Foram tantos, que depois dos trinta, parei de catalogar -mas já tinha ultrapassado os 7.000,00 livros – sem contar as releituras da Bíblia e outros que gostava. Enfim, foi lendo que percebi que o ideal era armazenar realidade, conhecimento e fantasia na mente. Mais relevante quê rancores, mágoas, ódios, agonias e tristezas. E durante décadas os livros foram minha fonte de aprendizado, e ocupação cerebral. Hoje existem variadas ( Desde um pseudo amigo, parente, terapias, análises, baladas , tecnologias e de todos os tipos de coisas que nem sei os nomes! ). Mas, me refugio no meu lar, nos livros, nos cães, nos meus pais, na minha profissão e até na minha fé bem particular – que talvez um dia escreva sobre. E foi assim que sobrevivi e existo sendo aquele ser que parece a mistura da água com a Gasolina (A Água é polar e a gasolina é apolar. Por essa razão, ao misturar os dois surge algo heterogêneo (duas fases). Eu prefiro ser o excesso de gasolina que consome a água do que o excesso de água que consome a gasolina ). É isso que faço no meu cérebro encho do que considero mais denso até desaparecer o outro, ou ele ficar menor. É por isso que muitas vezes discuto, me enraiveço ou tenho todos os sentimentos que todos nós temos , e no minuto seguinte, esqueço – e já converso com a pessoas ou as pessoas – ou de fato não me lembro, é como se nada tivesse acontecido. Com pessoas acontece simplesmente o desapego, dependendo do que agravo que eu cometi ou que cometeram comigo, tenho com maior facilidade exercer-lo quando grandes traições e frustrações ocorrem comigo, sem que eu fique me corroendo por dentro querendo a destruição do outro. E com coisas que não acrescentam a minha ínfima existência ocorre o mesmo ( Sou meio capitalista e meio minimalista – Parece que eles não se misturam, mas, no meu caso, sim, sou capitalista por precaução e necessidade mas não me apego sentimentalmente à coisas).
Parece estranho mas tente isso. Talvez a sua vida se torne mais interessante. Não estou te ensinando a fugir e à nunca dialogar ( Nada disso! ). Só à gastar tempo com o necessário em todos os níveis. E preencher a sua mente com coisas valiosas. Nem sempre o diálogo com quem não merece vale a pena. Ou sofrer por um amor que só você têm , também! Então preencha a sua mente ( Lembre-se do polar e apolar ).
Eu sou feliz assim. E assim a minha vida segue. Sem lamúrias, lágrimas desnecessárias, arrependimentos, dores, angústias e tantos outros sentimentos que sim, podemos descartar. Sentir sim, mas, descartar sempre!