Amor e eternidade.
Capítulo 01 – Chega o Herdeiro.
Renato Albuquerque é um jovem adulto de 35 anos . Filho de uma tradicional família paulista, volta ao Brasil com um único intuito: Assumir os negócios da sua tradicional família e enterrar o seu arque inimigo e pai Renato Villar.
Renato Villar construiu fortuna na década de setenta , e por ser filho de militares criou o seu único e mimado filho sob rédeas duras, firmes e curtas. Mandou-o muito jovem para a Madrid onde este construiu laços afetivos muito fortes e estudou nas melhores instituições de ensino. Anualmente , Renato filho vinha ao Brasil , país que destava até o cheiro. Mas como tinha , obrigatoriamente que vir , o fazia para rever a bela e afetuosa mãe Laura Figueiroa e o avô Beto Villar – o seu Betinho. Na noite de uma chuvosa quinta feira madrilenha o celular de Renato toca por insistentes quatro vezes, nesta última , ele atende. É sua amada mãe aos prantos comunicando a morte do seu patriarca. Exatas dezesseis horas Renato desembarcava em Campinas SP e ia diretamente para a sua mansão nos Jardins ( Bairro Nobre Paulista ).
Ao reencontrar a mãe um frio abraço , ao avô, já caquético e vítima de Alzheimer nem se deu ao trabalho de trocar um olhar. E com a arrogância de sempre, desprezou os empregados, visitas e toda e qualquer pessoa, que mais lhe parecia um fardo como ser presente em um momento fatídico. Sobe lentamente as longas escadas rumo ao seu quarto alegando cansaço ,digno de tão longa viagem. E no dia seguinte, já a mesa com a mãe e os familiares -em silêncio -toma o seu café e se prepara para o velório.
O silêncio de Renato tornasse perturbador para sua mãe,que mesmo conhecendo o ódio do filho pelo pai , não acreditara que naquele momento tão doloroso para os entes , Renato se comportaria daquela forma. Renato era mimado, arrogante e nutria pelo pai um ódio misturado com rancor. Dizem as más línguas que nunca se deram um abraço. Para o pai , Renato era o seu sucessor e nada mais – ser filho era um detalhe.
Já a caminho do velório , Renato sussurra nos ouvidos de sua triste mãe: – como este país continua insuportável, pedintes, roubalheira, crimes e ainda fétido como sempre. Pessoas mal vestidas ,me sinto na década de oitenta! Sua mãe lhe dá um simples sorriso e mantém o silêncio de uma viúva sofrida.
Encerrado o cortejo fúnebre, palavras de familiares e de um padre … Enterra- se Renato Villar sob aplausos calorosos.
De volta pra casa, Renato filho só queria o seu quarto,aguardar a leitura do testamento, e se possível definir sua vida . Uma certeza tinha, tereia que assumir as empresas do pai – e isso o atormentava. Saber que teria que permanecer no país que odiava por natureza.
Passadas algumas semanas , se concretiza o esperado. Renato diante dos advogados, a mãe e o avô ouviriam o óbvio do testamento.
Já irritado com tantas páginas lidas. Levanta se e vai tomar um whisky.
Encerrada a leitura .Todos assinam. E já na sala de estar começam as conversas sobre como será o Reinado do filho prepotente do doutor Renato Villar. Sua primeira batalha. Desalojar sem terras que tomaram por posse o terreno onde o seu pai abriria uma nova sede do seu imperio: As empresas Villar Jóias.
Continua….