Lula tomará posse, mas viverá inferno da governabilidade
Será complicado governar sem maioria no Congresso Nacional, com forte oposição popular de 96 milhões que não votaram no petista, mais sombra de Alckmin e desconfiança do establishment
- Lula tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023
O crítico momento institucional brasileiro exige Legalidade com Legitimidade para assegurar a Liberdade. Uma parcela expressiva do Povo – descontente com o resultado eleitoral – já está nas ruas. Os protestos nas portas de quartéis militares incomodam os “Donos do Poder”. Só é fundamental identificar e reconhecer que o Congresso Nacional é o responsável maior pela evolução e permanência do caos. A falta de Vontade Política para resolver as coisas tende a agravar o clima de tensão e tornar cada vez mais difícil a solução dos problemas estruturais. O retrato real é muito feio. O Establishment (Estamento Burocrático) se acha absoluto. Cultiva uma diabólica obsessão pela tirania e pelo arbítrio para manter o Povo sob controle do Estado. Acontece que esse Mecanismo estatal, na verdade, é dominado por poderosas corporações. A cúpula do Judiciário se arvora de “Poder Moderador” (não previsto na Constituição) e interpreta o excesso de leis em vigor para exercer hegemonia sobre o Executivo e o Legislativo. Os políticos parecem de joelhos. Sorte que o agronegócio e o povo protestam com cada vez mais intensidade e compreensão da realidade.
Ilegalidade, impunidade, injustiça, fraude, repressão, omissão, censura e mentira arrasam com qualquer sociedade. Por isso, é fundamental que cada cidadão consciente pergunte: Até quando vai imperar a Oligarquia que se sustenta no Mecanismo que combina Cleptocracia e Juristocracia? Até quando vai durar a obsessão por arbítrio, tirania e abuso de poder? O detalhe grave da atual crise institucional brasileira: os abusos, arbítrios e desrespeitos à Liberdade acontecem “em nome da Lei, da Ordem, da Democracia”. Só para lembrar: sempre foi assim… No Fascismo, no Nazismo, no Comunismo e em outros “ismos” que subvertem e corrompem o Capitalismo.
Cuidado. Perigo! Toda ditadura começa impedindo que os cidadãos possam criticar, livremente, as autoridades do Estado. Ofender detentores de poder agora dá cadeia. Fica cada vez mais evidente: não há mais o princípio constitucional “todos iguais perante a lei”. Há os que têm privilégios e usam a polícia para prender aqueles sem privilégios, ou seja, a imensa maioria de nós, manés. A Juristocracia acontece e deita e rola sempre que o rigor seletivo pune os inimigos do sistema e o perdão conveniente alivia a barra dos “aliados”. É uma espécie de “aos amigos tudo; aos inimigos nem a lei”. Lamentável é quando a “violência legal” é praticada pela instituição que deveria garantir a segurança do Estado de Direito.
Quem não conhecer o verdadeiro inimigo – e a natureza de sua atuação – perderá muitas batalhas e, no final, a guerra. A luta legal e legítima pela Liberdade é o antídoto para quase todos os males. A História merece ser sempre lembrada para que os erros não se repitam. A presente “Intentona globalitária” é tão ou mais grave que outros “golpes” do passado. Os inimigos internos seguem agindo, ideologicamente, por ordem dos externos. Os nazicomunofascistas – inclusive sem perceber que são isso – acabam manipulados, financiados ou simplesmente induzidos a cumprir a missão supostamente “revolucionária”. Muitos burocratas, políticos e criminosos – em parceria ou não – fazem o mesmo. No fim das contas, todos sabotam o Brasil e oprimem os brasileiros. Lula e seus companheiros retornam ao poder federal para isso.
Cenário bastante previsível e provável: Agora, o povo acampa na porta dos quartéis. Brevemente, oficiais das Forças Armadas brasileiras terão de pedir socorro ao povo. A gestão nazicomunopetralha vem com tudo para arrebentar os militares, no curto e médio prazos. O choro não será livre. O Crime Institucionalizado vem com toda força e vigor para cumprir a função destruidora de usar o Mecanismo, Cleptocracia e Juristocracia – para manter o País e o Povo em um permanente atraso histórico, cultural, civilizatório, político e econômico. Por isso, o povo tem de aumentar a mobilização para conseguir cumprir o objetivo maior de neutralizar, superar e vencer os “Donos do Poder” que dominam o Brasil.
A volta do PT atrasa esse processo de redesenho da hegemonia do poder no Brasil. No entanto, isso não impede que a mudança aconteça. O ciclo histórico tem novidade: o protagonismo popular, cada vez mais intenso, desde 2013. O antipetismo continua intenso e tende a se acentuar. Lula da Silva e Geraldo Alckmin tomarão posse. Só que terão imensas dificuldades de governabilidade. Não contarão com maioria no Congresso Nacional. Terão de suportar a oposição implacável de 96 milhões de brasileiros que não votaram neles, pois rejeitam o projeto petista. Se não for impedido e inviabilizado pelo Mecanismo, Jair Bolsonaro é um dos líderes naturais da oposição. Além disso, o PT terá de resolver sua relação matrimonial com Alckmin (sujeito que tem apoio do estamento, sobretudo dos poderosos togados). Será ou não sombra de poder para Lula? O terceiro mandato ameaça ser eletrizante. Lula ficará “prisioneiro” ou refém do Establishment?
Resumo da opereta tupiniquim: A maioria já percebeu o prejuízo que dá o ativismo do Judiciário (poder não-eleito), a serviço de interesses corporativos (internos ou externos) desequilibrando a relação com o Executivo e o Legislativo. Quem tem legitimidade para fazer Política é o Poder Eleito pelo Povo (que é Supremo). Se isso não acontece, a culpa é inteiramente dos políticos (os representantes populares). Na prática, o Congresso Nacional tem legitimidade para debelar a Crise Institucional, restabelecendo o equilíbrio entre os poderes. No momento atual, o Senado e a Câmara podem mais que os militares (que têm armas, mas são reféns do Estamento Burocrático). Cabe ao povo pressionar até seus representantes agirem. Por isso, só a “Revolta dos Manés” pode salvar o Brasil de forma menos traumática! Que cada um cumpra o seu papel do jeito que for possível e da maneira mais honesta possível. Do contrário, vamos para uma guerra civil, com resultado imprevisível. #BrazilianSpring