Como ser sutil na arte de morar em condomínio?
Moro em condomínios creio, que há uns 15 (quinze anos), ou mais – quando este era visto como o meio mais seguro de moradia num país violento – e também se tornou modismo . Para alguns era até “ chique “ dizer que saiu de uma casa e foi para um condomínio – principalmente quando surgiram os com área de lazer, academias, salões de festas e Gourmet .
Enfim, eu sempre gostei do que chamo, útil necessário ,na arte de conviver.
Logo , pode soar arrogante – mas bom dia, tarde e noite são ideais para mim num convívio num condomínio. Faço isso, porque santo não sou, mas me agrada o correto e não levo desaforo pra casa.
E vivemos a geração dos folgados e desaforados..
Respeito as atas e convenções , acho o ideal – apesar dos exageros de algumas – mal redigidas por desconhecedores da lei ( Como proibir animais domésticos).
E com o síndico conversar o mínimo necessário. Eu entendo que podem surgir amizades, mas acho raro. Prefiro a cortesia, que as amizades de escadas e elevadores. Vizinho bom é aquele que você sabe que pode contar, mas, não precisa compra-lo com carismas falsos, gentilezas interesseiras, para numa primeira vaga fechada, o atrito começar.
Vizinho bom é coerente, sabe onde começa e termina o seu dever e a nobre obrigação.
Já o Síndico bom para mim , deve ser externo ( tende a ser imparcial – e ser mais rigoroso com as normas e regras). Administra com diálogo, e não toma partido. Síndico vizinho será sempre um problema porque acha que gestão é comprar afeto – e cada morador têm um estilo. Eu sou o que não gosta de vínculos, e logo, estes tantos como eu, são os arrogantes e antipáticos – não caíram na teia da sedução do síndico morador. Gosto e defendo o síndico externo profissional e uma administradora. Mas gestão boa começa com o mínimo: – Condomínio presta contas, o síndico e a administradora emitem notas. As manutenções são feitas por profissionais terceirizados – pessoas jurídicas e gerenciadas pelo síndico externo. Condomínio tem fundo de reserva, os problemas de infiltrações e vazamentos são administrados por especialistas que emitem laudos.
Um bom condômino acompanha a gestão sem ser um pé no saco. E pede documentos se necessário. Balancete, quadro de avisos , reformas , diálogo … São pacotes de um bom gestor.
Síndico externo deve ter os moradores como referência, mas ser imparcial e nunca próximo demais, para não cair na máxima do síndico vizinho. Síndico bom não fala dos seus condomínios fora deles, trata bem seus funcionários e parceiros e cumpre tudo o que está nas atas e convenções.
E condômino bom fala menos, procura o sindico nos extremos e cuida da sua casa porta a dentro. Condômino que dá problema é igual a vizinha fofoqueira, esquece da sua vida, pra cuidar do que ocorre fora da sua porta.
Estou certo? Talvez. Mas buscando o síndico quando vejo necessidade, falando o necessário com vizinhos e tentando ou respeitando as leis e normas viáveis, minha vida ficou melhor.
No final , não sou amigo e nem inimigo, me relaciono!